25 de novembro de 2010
Talento
1 de setembro de 2010
Circo ao Gosto do Freguês

Recordo-me que quando pequena, eu fui apenas uma vez ao circo, e na cidade onde eu morava tinha circo quase todo mês. Acho que fui mais movida pela curiosidade mesmo, coisa de criança, motivada pelas outras crianças também fervorosas de curiosidade e animadas pela possibilidade de poderem ver leões pularem círculos de fogo e mocinhas fazerem malabarismos.
Sempre fui uma criança medrosa. Na esquina da minha rua morava uma menina que tinha cães enormes e furiosos que latiam na grade toda vez que a gente passava, logo, visitar o circo para assistir espetáculos de leões e elefantes não era uma idéia que me agradava inteiramente, confesso. Também nunca gostei dos palhaços. Tá, vou contar um segredinho: morro de medo de palhaços. Mesmo hoje, sabendo que por trás daquela cara pintada e roupa larga existe um homenzinho legal que deseja arduamente fazer crianças e adultos sorrirem, tudo o que um palhaço consegue de mim é me manter distante deles. Vai ver isso tudo foi culpa do Bozo e sua overdose em aparições televisivas nos anos 80... Palhaços me despertam temor, angústia, medo, pavor, pânico!
Mas o grande fato é que eu penso que essa aura toda de circo já não tem mais aquela graça, aquele encantamento todo que parecia ter quando éramos menores e que nos despertava para o novo e diferente toda vez que caminhões coloridos e iluminados chegavam na cidade, trazendo animais de grande porte e seres humanos que desafiavam o poder da gravidade. A TV superou o circo e podemos assistir macacos adestrados no YouTube.
Não tem mais graça ir ao circo, essa é que é a grande verdade. Você pode achar isso triste, melancólico. Falar que o circo perdeu seu encantamento é tão deprimente como reconhecer que os antigos “Bailes de Carnaval” perderam lugar para a aBUNDÂncia de corpos bronzeados e “celebridades 15 minutos de fama à la BBB” na Sapucaí.

E quanto aos palhaços, meu deprimido leitor, você certamente não verá graça alguma naqueles bobalhões do circo. Aqueles palhaços de circo que você, leitor balzaquiano (ou não) se recorda, perderam toda a graça e magia do humor. Tiveram seus espaços tomados por palhaços de gravata e colarinho branco. Esses sim desafiam toda a graça do mundo querendo que você acredite que viver com R$ 26.723,13 mensais (subsídio dos Ministros do STF considerado teto para efeito de remuneração dos servidores públicos) simplesmente não dá, enquanto o pacato leitor deve ser “capaz de atender a suas necessidades vitais básicas a às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social” (Art. 7º, IV da Constituição Federal de 1988) com R$ 546,57 mensais (salário mínimo regional gaúcho).

Esses palhaços riem da sua cara nos 45 dias anteriores à antevéspera das eleições no horário da propaganda eleitoral gratuita, querendo que você acredite em “Vote Tiririca, pior que tá não fica!” ou “Com a minha fé e as fezes de vocês, vou ganhar a eleição.”
Para os que continuam gostando e admirando os circos e considerando-os como a forma mais tradicional de expressão da arte, recomendo deixar o Circo de Moscou de lado e visitar um com os mais modernos requintes da arquitetura brasileira projetado por Oscar Niemeyer:

Congresso Nacional - Brasília
24 de agosto de 2010
Gestão de Cães (Visão Sistêmica)
Você há de dizer: “Ora, cães são animais irracionais. É muito mais difícil adestrá-los ou treiná-los do que dar lições de apoio em matemática, por exemplo, para crianças de 10 anos. O preço está justo.”
Durante as poucas vezes em que pude observar minha mãe dando aulas para as crianças, a tarefa é realmente árdua. Eles sequer sabem fazer cálculos básicos de divisão e subtração, e têm sérios problemas em interpretar o próprio enunciado da questão. Como a minha mãe mesma diz: “Quando não se sabe interpretar, de nada adianta querer resolver uma questão que inicia com ‘Fulano foi ao mercado e comprou 7 maçãs, 2 limões...’; o problema é de português, não apenas matemática.” E vou parar por aqui, porque a intenção do post não é falar sobre educação no Brasil nem citar belas frases de Paulo Freire que são muito pouco aplicadas na nossa realidade educacional brasileira, infelizmente.
Meu cão, um pequeno pastor alemão de 7 meses e 30 quilos (um bebê), levou pouco para aprender com o adestrador que “Junto!” é junto, “Senta!” é senta e “Fica!” é fica. O que mais me impressiona é como ele ainda pode não ter aprendido a ler e a escrever depois de ter acompanhado minha mãe repetir tantas e tantas vezes as mesmas aulas para os mesmos alunos.
Minha mãe leva “aulas” para conseguir fazer com que a gurizada da 8ª série entenda a diferença imbecil (para nós) de verbos e substantivos, enquanto o Juno (meu cão), atende prontamente ao ouvir “Fica!”. Será que o Juno não deveria ler mais, resolver fórmulas de Báskara, declamar poesias de Camões e explicar como acontece a fotossíntese enquanto a minha mãe manda seus alunos rolarem na grama e fingirem de morto?
Será que não está na hora de colocarmos nossos filhos nas coleiras e prepararmos os cães para o vestibular?
22 de junho de 2010
Vuvuzelas e a Copa 2010

Como se já não bastassem os malas do comentaristas de futebol na tv, até alguns torcedores têm reclamado do som das vuvzelas na Copa da Africa do Sul. Não vou ser mentiroso, no ano passado, durante a Copa das Conferações (torneio de aquecimento para o País-sede) demorei a me acostumar com o zunido dos torcedores locais. No início estranhei e achava um pouco cansativo, mas já pelo terceiro jogo embalado pelas vuvzelas saquei o barato das cornetas: são uma característica local e devem ser respeitadas sim senhor!


7 de abril de 2010
Mega Piranha
6 de abril de 2010
IDIOTAS

É, eu enxergo isso TODO dia... e tento não me atucanar. Mas hoje vazou um pouquinho e resolvi escrever no blog pra aliviar, ao invés de pegar uma metralhadora e partir pra Brasília (maldito blog, talvez eu tivesse feito um favor pro País). Esse País de MERDA que tem mentalidade de colônia subdesenvolvida, onde se fala um idioma que só serve pra nos gastar tempo decorando regras estúpidas para distingüir (FODA-SE a nova regra gramatical, eu to afim de escrever com trema!) quem teve acesso a educação formal ou NÃO (afinal bom é quem vai pra escola e aprende a conjugar no Pretérito MAIS-QUE PERFEITO).
Acho que vou ficar por aqui... até porque nunca havia escrito MERDA tantas vezes num único post! Quando eu me irritar de novo, volta a escrever sobre as MERDAS que a gente engole nesse País FECAL (uhu, viram que idioma sofisticado e bonito, CHEIO de sinônimos).
6 de março de 2010
Flautista sacana!
O post da vez é o seguinte: Estava eu, assistindo tv em casa, ao lado da minha irmã e eis que surge um sujeito treinando para uma opera... no caso, era um flautista. Quem me conhece sabe da nulidade que sou em termos musicais. Se eu fosse escolher um instrumento para tocar, seria a flauta transversa...

