20 de junho de 2008

Derretendo o Gelo

Hoje tive certeza que o seriado House é o melhor que já vi. O episódio season finale da surpreendente 4ª temporada realmente foi superior. Imagino que os leitores do blog talvez não conheçam, mas recomendo que o assistam.

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Em resumo, House é uma série que mostra a rotina do setor de Medicina Diagnóstica de um hospital americano. A tarefa desses médicos é diagnosticar as doenças que os comuns não conseguem, salvando vidas. Dr.House, o chefe da seção, é inteligentíssimo e brilhante como médico, porém frio, calculista, anti-social, misterioso, anti-ético e sarcástico. Ademais, tem uma dor crônica na perna, manca, por isso é viciado em hidrocodona (analgésico). A dor faz dele uma pessoa infeliz e irritante, que vive da resolução dos puzzles médicos. A série, de grande sucesso, já conta com 4 temporadas completas.

Normalmente, os melhores episódios são aqueles que mostram a personalidade de House, pois são raros e importantes. Durante a série, sua personalidade é pincelada sutilmente; dificilmente temos conhecimento sobre o que o médico sente, daí seu potencial sexy e instigante. =P
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House, na espetacular cena em que está em coma, onde se encontra numa espécie de "passagem para o mundo dos mortos", transparece: é mostrado o verdadeiro House. Expõe seus sentimentos: culpa, por sentir-se o motivo pelo qual a namorada de seu melhor amigo acidentou-se, acarretando em sua morte; dor, pela morte dela, apesar dele sempre dizer "que não se importa com ninguém"; medo, de perder a amizade de Wilson(o amigo supracitado); e, obviamente, medo de voltar à realidade e sentir sua dor crônica na perna, de voltar a ser infeliz.
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Agora, vale discutir sobre o que é necessário para alguém mudar de verdade. Uma pessoa morta por dentro - assim como se auto-intitula o Autor deste blog, atualmente afastado em virtude de força maior =P - conseguiria mudar? House sente dor, é infeliz, mas não porque deseja. No fundo, ele sempre quis mudar, mas não é corajoso o suficiente. Na 2ª temporada, sua ex-mulher aparece buscando auxílio. Mas no final, ela acaba tentando uma reconciliação. Apesar dele realmente amá-la e titubear, sabe que não sente-se em condições para mudar tanto sua personalidade por ela. Digo, não POR ELA, mas para FICAR com ela, mudando por ELE mesmo, pra ele ser feliz ao lado dela. Conclusão: ela vai embora, e ele continua infeliz.

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E House não é o único. Ser frio, hoje em dia, é vantajoso: entre tanta superficialidade e "robotização" nas relações entre as pessoas, sofre-se bem menos com decepções, pois nada se espera dos outros. Em contrapartida, essa letargia e insensibilidade originam a quase nulidade na interação emocional humana. Resulta, logicamente, em infelicidade. Vale a pena?
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Além de ter ficado tanto tempo distante do blog e ter voltado com um post meio meloso, a Autora se emocionou bastante ao assistir este capítulo. É claro, a mesma é uma verdadeira "manteiga derretida". Mal pode ela esperar pela próxima temporada!

Um comentário:

Núbia disse...

eu também adoro Dr. house e não perco um capítulo. Eu gostei bastante do episódio "97 segundos" onde ele (house)reflete sobre o 'estar morto'motivado por um paciente q sofreu um acidente de carro e esteve morto(ficou sem sinais vitais)por 97 segundos. sugiro também o seriado "Law & Order svu" q nao é exatamente sobre medicina mais é bem legal!
bj nub. ;)