28 de fevereiro de 2008

Formatura


Quem me conhece minimamente sabe que tenho aversão a festas, comemorações e demais eventos sociais. Na semana passada tive de abrir mão de meus costumes e abri uma exceção: compareci à recepção da formatura do Alessandro (vulgo "Tutu" ou "Ale"). Como considero tais aparições em festividades um fato histórico, decidi publicar aqui algumas fotos (cortesia da Sue, que aliás também tem blog e estou acrescentando na lista de recomendados, visitem!)

da esq p/ dir: Luiz (comentarista do blog), Muriel (namorada do formando), Alessandro (formando e namorado da Muriel), Sue (click aqui p/ visitar o blog dela), Cristiane (namorada do Michael) e Michael (namorado da Cristiane). (gostaram das minhas explicações? hehe)


O colorado Michael e sua noiva Cristiane


Sue (visitem o blog dela!) e Dr. Luiz Francisco



O festejado formando Alessandro (colorado viram?) cercado por medusas!



Os formandos recebem as surpresas da festa (juro que não foi idéia minha!)



Calma rapazes, é só pra olhar! hahahaha


O Autor agradece aos acima identificados por terem suportado sua discreta presença, e não esquecerá as palavras dispensadas pelo formando! Ah, e visitem o blog da Sue!

27 de fevereiro de 2008

Um Grande Amor!

Quantas vezes aqui eu debochei ou alertei para os perigos da paixão... Pois não é que segunda-feira eu quase sucumbi a este vil sentimento? Quando estava para deitar-me rumo ao mundo dos pesadelos, passei pela sala e minha irmã assistia um programa da Discovery Channel, a respeito da história do "n.º 1".

Aliás, recomendo a todos, assistam este programa, é sensacional, mesmo para quem não gosta de matemática. Pois bem, no decorrer do show o apresentador chegou a um conhecido matemático alemão, do qual conhecia apenas como filósofo.


Gottfried Wilhelm von Leibniz

Ou resumidamente: Leibniz, esse é o nome da fera! O sujeito foi um desses "super-homens" renascentistas fora de época. Filósofo, matemático, físico, diplomata e inventor. O foco do programa estava no seu lado numérico, pois ele criou a base de todo o mundo da informática que temos hoje: a linguagem binária. Genial! como se não bastasse todos seus feitos, ele criou uma espécie de calculadora automática para eliminar o erro humano em cálculos. Obviamente limitado pelos recursos da época, sua máquina fazia nossos computadores mais retrógados da década de 70 parecerem palmtops. Ainda assim, foi um homem 300 anos a frente de seu tempo.

Como se não bastasse essa geniosidade toda, fui pesquisar algumas idéias do Leibniz filósofo. E não é que o cara me fez enxergar o que é "destino"? sério, me apaixonei! hahaha mesmo sem ser meu tipo, foi amor à primeira vista! Vejam só sintetizou exatamente a minha idéia de controle, impulsos e sentimentos:
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Liberdade x Determinação:
Leibniz admitia uma série de causas eficientes a determinar o agir humano dentro da cadeia causal do mundo natural. Essa série de causas eficientes dizem respeito ao corpo e seus atos. Contudo, paralela a essa série de causas eficientes, há uma segunda série, a das causas finais. As causas finais poderiam ser consideradas como uma infinidade de pequenas inclinações e disposições da alma, presentes e passadas, que conduzem o agir presente. Há, como em Nietzsche, uma infinidade imensurável de motivos para explicar um desejo singular. Nesse sentido, todas as escolhas feitas tornam-se determinantes da ação. Cai por terra a noção de arbitraridade ou de ação isolada do contexto. Parece também cair por terra a noção de ação livre, mas não é o que ocorre. Leibniz acredita na ação livre, se ela for ao mesmo tempo 'contingente, espontânea e refletida'.

A Contingência: A contingência opõe-se à noção de necessidade, não à de determinação. A ação é sempre contingente, porque seu oposto é sempre possível.

A Espontaneidade: A ação é espontânea, quando o princípio de determinação está no agente, não no exterior deste. Toda ação é espontânea e tudo o que o indivíduo faz depende, em última instância, dele próprio.

A Reflexão: Qualquer animal pode agir de forma contingente e espontânea. O que diferencia o animal humano dos demais é a capacidade de reflexão que, quando operada, caracteriza uma ação como livre. Os homens têm a capacidade de pensar a ação e saber por que agem.

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Resumindo: Destino existe SIM. No entanto não somos limitados a seguí-lo contanto que tenhamos ciência do que estamos fazendo e porque o fazemos. Por isso valorizo tanto a frieza, tranqüilidade e controle dos impulsos. Isso nos difere dos demais animais e nos permite alterar o destino.

O Autor é chegado em amores "platônicos", sem subestimar a importância dos prazeres da carne, mas o amor é sempre mais profundo e bonito do que a paixão ilógica, desprovida de confiança e calcada no "tesão". Obs: cabelos "empolados" e papadas pálidas como as de Leibniz não fazem seu estilo.


Parabens atrasados!


Conforme prometido, abaixo segue um vídeo em homenagem aos 17 anos completados pela minha companheira de blog: Danielle "Mary Jane" Bettim!



pelo que me conta essa é a reação da dani quando leva um "head-shot" no Couter Strike...

Obviamente não poderia deixar de parabenizar nossa assídua leitora, a Carolina "Musa dos pontos" Michelsen! Ela e a Dani formam uma dupla de duas co-aniversariantes no dia 23/01. Pena que este ano a data caiu no sábado, caso contrário teríamos uma grande orgia de salgadinhos lá na sala! hehe

O Autor andou meio sumido, mas quem é morto por dentro (mas recebe bilhetinhos) sempre aparece!

23 de fevereiro de 2008

Dias de Verão na Praia

Minha estada na praia tem sido deveras agradável. Tem dias que acordo cedinho, faço um cafezinho e saio pra caminhar na beira da praia. O SESC oferece recreações desportivas gratuitas aos veranistas do litoral gaúcho, além de emprestar materiais (guarda-sóis, bolas, etc.) Então, eu tenho aproveitado umas aulinhas de ginástica, que são umas dancinhas bobas, sabe? Um momento cômico foi a dancinha do "ai bota aqui, ai bota ali o seu pezinho", bem no estilo "dancinha de colono" (bah...). Ou aquela "Alô galera, bate a mão e bate o pé...", que a gente pagava um vale dando um sorrisão e balançando os braços feito bonecos infláveis de postão de gasolina. Tá que é um micão, mas é bacana, é engraçado e é feliz :D

Me surpreendi com o mini-acervo de livros que o SESC disponibiliza ao público. De cara, me encantei com um livro, que não lembro o nome, que falava de um guri problemático que matou uns seis coleguinhas na escola, e relatava como ele se tranformara no filho do diabo. Falava de casamento, maternidade, a conciliação entre carreira e vida materna da mãe, essas coisas. Meus olhinhos brilharam com tal sinopse. Não li, mas acho que vou procurá-lo quando eu voltar. Realmente, me instigou.

Aliás, a leitura tem sido um hábito constante na minha rotina praiana. Estou lendo "Marley e Eu", um livro no qual o autor fala da história de sua vida com seu cão labrador fofo. :D É bem pra quem sabe o que é ter um cãozinho =)

O que também vem sendo produtiva é a proximidade que estou tendo com minha avó e minha priminha, a Rafa. Ficamos horas a fio conversando, minha avó e eu, sobre trivialidades e experiências marcantes pra nós. Ela definiu como maravilhosa a união de duas gerações distintas. E eu concordo. Vovó conta histórias do arco da véia, e é gostoso ouvir. Os nossos cachorros - ao total, três: a Shakira, que é "minha"; o Tobby, o poddle toy da minha avó, e o Soho, ou Zorro, ou sei lá.., um ovelheiro(acho que é isso) grandão do meu tio - também são verdadeiros exemplos de amabilidade. Quando eu abraço o Soho, parece que qualquer sombra de carência que eu tenha vai embora.


Minha mente anda borbulhando em pensamentos. Não é só bronzeado, felizmente, que vou levar das areias dessa praia gostosa.

Ah, é. Já passou da meia-noite, mas pra mim, só é sábado quando eu acordo. Então, fiz aniversário. Pior que nesse ano, eu nem fiquei tão serelepe quanto nos anteriores. É a idade? Bom, eu queria pôr um vídeo aqui, mas como eu não sei botar, vou deixar o
link mesmo. É um vídeo do Winger, uma banda de hard rock (eu acho), e a música, "Seventeen", é muito animada :D. Não posso esconder que tive uma "pequena" identificação não só com o título, mas com a letra, com uma fase da minha vida. Por isso, eu dedico ela a mim mesma, hehe

Eu tava com saudade de postar, apesar desse post ser mais fresco do tipo "Querido Diário..". E também porque eu me RECUSO a pagar aqui na praia por uma utilidade que tenho "gratuitamente" em casa.

A Autora parabeniza sua amiga e colega Carol por comemorar seu aniversário no mesmo dia que ela. Parabéns, Carol! A Autora também esperará (sentada..) presentinhos de seus amigos XD hahaha

22 de fevereiro de 2008

Relação Mãe-filha comtemporânea

Dois fatos marcaram o expediente hoje. Primeiro, aproveito para desejar que nossa ex-colega Ana Paula volte a nos visitar com maior freqüência (sentimos sua falta Ana!). Já o segundo fato derivou de uma conversa que acabei apenas por ouvir e extraí algumas observações.

Quem nunca ouviu a expressão: "nossa, ela arranjou um partidão!"? Uma geração atrás as mães (muitas vezes donas de casa) tinham como preocupação ver suas filhas bem acompanhadas por um cavalheiro que fosse capaz de sustentar um lar financeiramente. Essa visão nascia da idéia onde o homem provê a casa com dinheiro, e a mulher, com dedicação e suor.



No entanto nem tudo é simples assim: por trás existe a angústia materna em garantir que a prole seja protegida após a eventual "partida" dos genitores. Um "bom partido" não apenas garante o leitinho das crianças como também serve de apoio moral, emocional, etc... É natural que após anos de dedicação na criação de uma filha (que banhadas por preconceitos defasados é mais indefesa que um filho varão), sua mãe queira garantir que não lhe falte companhia depois da morte.


Acontece que a sociedade evoluíu muitos nas últimas décadas. Fruto do crescimento de divórcios, muitas mães modernas criam seus filhos sozinhas, ou sem o apoio efetivo dos ex-companheiros. O resultado desse esforço e dedicação freqüentemente dificulta o encontro de um novo parceiro e eventual relacionamento duradouro. Some-se ainda a quantidade de jovens, que por motivos econômicos (entre outros) saem de casa mais tarde, e temos uma panorâma reverso! Esse fenômeno ocorre com maior intensidade na relação entre mãe e filhas, pois estas possuem maior compaixão e capacidade de valorizar o esforço materno do que os filhos.

Para não "abandonar" a mãe na rotina da solidão, muitas jovens receiam deixar o lar materno para formar família com seus parceiros, tudo para que não aconteça com suas mães o que outrora ocorria com as "solteironas". Como construirei minha família relegando a companhia da mulher que tanto sacrificou em sua vida para me criar? que tipo de ingratidão é esta? Me parece que este é apenas mais um dos dilemas que a sociedade moderna está tendo de enfrentar. Como resolvê-los? Se alguém descobrir me informe que escreverei um livro e ganharei milhões com a publicação e e palestras, hehehehehe!

Embora admire o esforço das mães dolares (mesmo com a desvalorização da taxa cambial), o autor crê ser mais saudável que toda mulher desenvolva uma atividade profissional paralela às tarefas domésticas para a harmonia de qualquer relacionamento, inclusive o familiar.


Prêmio "Best Mummie" do blog!


20 de fevereiro de 2008

A verdade sobre os cartões

Enquanto isso na Granja do Torto...



Este post é dedicado à Sueli, que mesmo sem ler o blog com freqüência irá gostar deste post!

Tópicos relacionados:

- Apartidário


O Autor ressalta que não possui qualquer ligação com facções neonazistas nem apóia quaisquer ideologias de cunho facista. :P


Cybersex

Humanos poderão fazer sexo com robôs ainda neste século, diz autor

da France Presse, em Paris 14/02/2008 - 16h29

Em meados deste século, fazer sexo com uma mulher fatal eletrônica ou com um robô superdotado e conversar com o parceiro depois não é uma idéia tão despropositada como pode parecer. Assim pensa David Levy, autor de "Sexo com os Robôs: a Evolução das Relações entre Humanos e Robôs". "Imaginem: sexo à vontade, as 24 horas, os sete dias!" da semana, anima-se o autor. Nem todos, no entanto, compartilham esta visão de um futuro na qual os humanóides seriam fonte de prazer.

Robô humanóide Asimo, que "trabalha "em escritórios da Honda; humanóides passarão a desempenhar funções sexuais, diz autor

Muitos acham que isso é factível, levando-se em conta os progressos realizados na reprodução dos músculos e dos movimentos humanos, ou na inteligência artificial --concretamente na imitação de emoções e de aspectos da personalidade. Em novembro passado, os pesquisadores da Universidade de Waseda, no Japão, apresentaram um robô que sabe cozinhar e utilizar suas mãos suaves, banhadas em silicone para interagir com os humanos.Segundo Levy, o robô sexual Gigolo Joe, vivido por Jude Law no cinema e criado para dar um auxílio emocional, além de prazer sexual, poderá se tornar algo real em menos de 40 anos.

Outros especialistas são céticos. "Não acho que possamos ter robôs 'parecidos com os humanos' nesse período de tempo", considera Frédéric Kaplan, pesquisador da Escola Politécnica Federal de Lausane (Suíça). Kaplan, programador do cérebro do cãozinho robótico da Sony Aibo, se pergunta se verdadeiramente queremos robôs à nossa imagem e semelhança. "As interações entre máquinas e humanos serão interessantes em si mesmas, não em termos de simulações de relações humanas", disse.

Sensibilidade

Uma empresa japonesa, a Axis, já fabricou aqueles que poderiam ser considerados os primeiros robôs sexuais. Eles se chamam Honeydolls e são bonecas de resina e silicone em tamanho real equipadas em cada seio com sensores conectados a um som. Se o "usuário" beliscar seus mamilos, um modelo chamado Cindy dá gritos de prazer e sussurra palavras melosas ao pé do ouvido.As mulheres também se deixarão tentar pelos robôs sexuais, considera Levy. Ele afirma acreditar firmemente no aumento das vendas de massagens vibratórias no mundo inteiro e na queda de tabus.

O que para Levy representa uma vida sexual desenfreada sem sentimento de culpa e livre do contágio de doenças sexualmente transmissíveis significa para outros um pesadelo desesperador. "Parece descabido pensar que seres humanos vão se relacionar com robôs", afirma a sexóloga americana Yvonne K. Fulbright, embora reconheça que os robôs sexuais têm lugar no mercado.

"Há um verdadeiro problema com os robôs sexuais: as pessoas se sentirão fracassadas se esta for sua única solução", adianta.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u372418.shtml

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Na realidade não decidi postar sobre esta notícia por achá-la surpreendente nem chocante. Postei motivado pela minha indignação com alguns tabus que vejo na sociedade. Mesmo pessoas que admiro ou respeito tem receio em falar sobre tópicos relacionados à "troca de fluídos". Pelos deuses, falar sobre sexo não é sinônimo de invasão de privacidade! Só porque um debate envolve prazer ou libido não quer dizer que há necessidade de exposição do lado íntimo ou de privacidade.

Feito o desabafo, não vejo nada de errado na idéia do sexo com robôs. Tecnicamente não passa de "masturbação sofisticada". Uma dama que faz uso de recursos eletrônicos como vibradores, ou mesmo do moleque que pratica o 5x1 estão apenas defasados em relação à idéia. "Oh! ele falou em masturbação, heresia!!!" sei que ninguém vai comentar no post por conta disso, mas também que dane-se, depois faço um tópico sobre os Teletubies e me "redimo".

Na verdade o que me surpreende, talvez nem tanto, seja o quanto estamos próximos de viver o Império das máquinas. Não sou um lunático fanático por Exterminador do Futuro, mas como o visionário que me considero (humildemente... hehe) é claro para mim que no futuro a humanidade será substituída por uma raça híbrida de cyber-humanos geneticamente aprimorados e posteriormente extinta.

O Autor reconhece a importância de uma eventual polêmica, e espera não ter ofendido nem chocado nenhum leitor com sua franqueza.


19 de fevereiro de 2008

O Valor da tristeza

VALORIZAMOS DEMAIS A FELICIDADE?

Tristeza é um estado de espírito necessário e saudável que deve ser vivido, dizem cada vez mais especialistas.

Preste atenção nos comerciais de televisão. Só há pessoas sorrindo, passeando com a família, confraternizando com os amigos. Elas são felizes, um estado de espírito diretamente relacionado ao sucesso. Mas será que não estão mascarando um sentimento necessário e saudável? Cada vez mais especialistas alertam para a importância das emoções negativas

Acham que SIM

O padrão de felicidade começou a ser questionado nos anos 1990 com o surgimento da chamada psicologia positiva, uma vertente de estudos sobre o bem-estar que leva em conta os processos de superação de adversidades e a capacidade de adaptação a situações ruins. Para essa modalidade de psicologia a busca incessante pela felicidade pode ser uma patologia tão grave quanto estados profundos de depressão, diz a revista Newsweek.

De lá para cá surgiram cada vez mais obras sobre o tema. O livro The Loss of Sadness: How Psychiatry Transformed Normal Sorrow into Depressive Disorder (A Perda da Tristeza: Como a Psiquiatria Transformou um Sentimento Normal em Distúrbio Depressivo), best-seller nos Estados Unidos, oferece um exemplo afeito a todo mundo: depois de uma decepção amorosa a pessoa deve, sim, curtir uma fossa, e não apelar para remédios como o Prozac.

“Emoções negativas ajudam a organizar os pensamentos”, disse Ed Diener, psicólogo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, à revista Time. A tristeza torna as pessoas mais analíticas, críticas e inovadoras. Em estudo sobre o tema publicado na revista Perspectives on Psychological Science, Diener analisou o comportamento de 193 voluntários. Os profissionais que se consideravam mais felizes estavam acomodados. A felicidade também era proporcional ao baixo desempenho entre os estudantes. Ou seja: a felicidade pode anestesiar.

Um derradeiro argumento: o que seria de gênios como Beethoven, Van Gogh e Emily Dickinson sem um bocado de desilusões? E Vinicius de Moraes e Tom Jobim, para quem “tristeza não tem fim, felicidade sim”? “Por que todas as eminências em filosofia, política, poesia e artes carregam tanta melancolia?”, diz um clássico texto grego atribuído a Aristóteles.

Acham que NÃO


Quem não quer ser feliz? Até os monges budistas, que enfrentam suplícios com placidez, querem um sorriso a mais. Com a meditação eles conseguem mudar as conexões dos neurotransmissores e, assim, enxergar o mundo sob um prisma positivo. A felicidade é tão essencial que virou campo de estudo científico. Na década de 1950 os psicólogos canadenses James Olds e Peter Milner descobriram a ação da dopamina, substância que auxilia na transmissão de sensações agradáveis no cérebro, diz a BBC. Os estudos mais recentes estão focados no córtex obifrontal, região do cérebro relacionada ao prazer.

Mesmo com a profusão de livros com novo enfoque sobre o humor do ser humano, os critérios científicos ainda consideram a tristeza profunda uma patologia. Apresentar insônia, dificuldade de concentração e tristeza por mais de duas semanas é considerado sinal de desordem mental (DSM, na sigla em inglês), de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria.

A felicidade pode ser medida. O psicólogo Adrian White, da Universidade de Leicester, na Inglaterra, organizou o primeiro mapa da felicidade do mundo. Para isso utilizou respostas de 80 mil pessoas de 178 países. O primeiro colocado foi Dinamarca, seguido de Suíça e Áustria. O Brasil ficou em 81º. Conclusão: saúde, riqueza e educação são determinantes para a felicidade – nunca é demais tê-la, não há exagero.

A felicidade tem até preço. Uma pesquisa do Instituto de Educação da Universidade de Londres, na Inglaterra, calculou quanto valem atos cotidianos que determinam a felicidade. Casar-se é tão prazeroso quanto ganhar cinco vezes a média da renda anual dos entrevistados - R$ 200 mil no total. Já uma separação tem um gosto tão amargo quanto perder 14 vezes a renda do ano, ou R$ 550 mil. O estudo saiu no Journal of Socio-Economics.

Fonte: revista da semana, 11 de fevereiro de 2008.

http://revistadasemana.abril.com.br/edicoes/23/polemica/materia_polemica_269723.shtml

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Quando li este artigo, não pude resistir à vontade de postá-lo na íntegra. Sei que não é meu caso, mas não apenas vejo que pode ajudar algumas pessoas, como levanta uma polêmica interessante. Estou curioso para saber as opiniões dos leitores (que tenho certeza não comentarão o post anterior, mas espero que compensem neste aqui...). Antes que me perguntem, SIM a felicidade é importante, sabem os Deuses como sinto falta dela e NÃO, ela não deve ser uma meta e sim uma conseqüência, assim como não devemos confundir tristeza (mesmo que prolongada) com depressão.

Tópicos relacionados:

- Felicidade?

- Aparente Felicidade

O Autor permanece morto por dentro, mas com cheirinho bom, ok?


18 de fevereiro de 2008

Eurico Miranda

Os que entendem minimamente de futebol, devem conhecer esta nefasta figura do título. Ontem, para variar, o Vasco foi eliminado da Taça Guanabara pelo Mengão. Ok, até agora nada de novo, correto? Então porque diabos resolvi dedicar meu tempo pra falar dessa criatura tão repugnante?





Pois é, infelizmente já tive o desprazer de conhecê-lo pessoalmente. Sim, pode parecer impossível, mas ele é ainda mais intragável ao vivo do que pela televisão. Poderia defini-lo como: a arrogância personificada, a falta-de-educação encarnada, etc... Nos poucos momentos em que compartilhei a mesma sala com esta aberração social, ele conseguiu gritar mais do que um feirante, xingar as gerações de uma colega minha até Adão e Eva, além de impregnar o ambiente com um cheiro de tabaco com fudum e suor insuportáveis. Bem, feitas as devidas apresentações, vou confessar uma coisa: fiquei com dó dos vascaínos.


Ao lado do Palmeiras, o Vasco é com certeza o time que mais "seco" e detesto. Mas nem eles merecem ser dirigidos pelo "Eumico Miranda". Aliás, nenhum clube do porte do Vasco da Gama merece tamanho destrato e maldição. Chega a ser triste ver o ódio dedicado contra o Flamengo, quando ele mesmo, presidente interino (pois fraudou as últimas eleições do clube e atualmente tem seu cargo em julgamento pela justiça) parece diminuir seu clube, dando preferência a ídolos como Romário e seus "1.000 gols", Romário "técnico e jogador" entre outras patifarias.

Me pergunto o quanto o Sr. Miranda precisará fazer para que encerrem seu reinado em São Januário. Ao Corinthians, a dinastia Dualib custou uma queda para a segundona (isso que ele não era nem 10% do nojo de seu amigo vascaíno). Ironicamente lembro de quantas vezes ouvi perguntas do tipo: "o Eurico é asqueroso, mas ele garante o Vasco, quem não gostaria de ter um dirigente como ele no seu clube?" Ele peitou a Globo quando estampou no uniforme do Vasco uma "homenagem ao SBT" na final da Copa João Havelange? nossa, que coragem... quase tão corajoso quanto foi quando entupiu São Januário e causou aquele acidente com centenas de feridos quando o alambrado veio abaixo...

Posso ficar aqui até amanhã a noite falando mal do sujeito, mas seria chover no molhado...

O autor se divertiu achando imagens do Eumico para ilustrar o Post...

Kryptonita

Preza a lenda que os super-heróis tem alguma fraqueza. O Superman, mesmo com todos seus poderes, é vulnerável à Kryptonita e à magia (o que muitos não sabem). O anel do Lanterna Verde era (atualmente esse defeito foi corrigido) ineficaz contra matéria de cor amarela. Ajax, o caçador de marte, tão poderoso quanto o Superman, era vulnerável tanto psicologicamente quanto fisicamente ao fogo.

Me parece que quanto mais incrível são os poderes de um herói (especialmente os do universo DC), maior a necessidade de que haja um "calcanhar-de-aquiles". Embora eu esteja distante de qualquer semelhança com um heróis (e muito menos um super-herói) também possuo pontos fracos. Justamente por não ter qualquer inimigo ou nêmesis por enfrentar, não preciso temer a revelação de quais são:


1) Pombas:
Atualmente tenho conseguido vencer este medo e quase contorná-lo, mas confesso que ainda me desperta algum temer ter de enfrentá-las. Quem já não passou por algum parque, ou mesmo algum largo no centro e se deparou com uma horda de aves amontoadas em torno de algum resto de pipoca? Pelos Deuses, pior ainda são aquelas senhoras que ficam jogando milho ou alpiste, rodeadas por dezenas de pombas famintas e caoticamente ordenadas lutando por migalhas... Se um dia eu tiver superado por completo minha fobia, ainda passarei por este que considero um teste supremo.


SOCORRO!!!

2) Algodão:
Jamais peça que eu alcance um chumaço ou "bolinho" de algodão para quaisquer fins. A simples imaginação de manusear tal material branco e fofo me causa arrepios. É verdade que nunca me forcei a superar essa limitação, assim como algumas pessoas tem arrepios quando unhas arranham um quadro negro, sinto algo semelhante no contato com o algodão de farmácia, e às vezes até com o algodão de flanelas molhadas.



Pensei em incluir outros pontos-fracos, como ombros, costas e nucas femininas, ou coxas firmes, torneadas, bronzeadas... mas como tais fraquezas só me aparecem em sonhos, creio que posso lidar com elas...

O Autor alerta que além de perturbá-lo quando caminha pelas ruas da capital, as pombas também são transmissoras de doenças respiratórias. E ainda usam a ave como símbolo da paz... tsss...

17 de fevereiro de 2008

O Senhor do Tempo

Ano passado, fiz a primeira entrevista coletiva profissional da minha vida. Nela, realizei várias atividades bobinhas de grupo (que sempre têm algum objetivo subliminar). Numa delas, foram distribuídas várias figuras ao chão e foi solicitado aos candidatos que pegassem as que lhes eram familiares, e que divulgassem o motivo que os motivou a tomá-las para si. Um mocinho pegou a foto de um relógio, e justificou o ato pela simples afirmação - CUIDADO! Lá vem "frase de efeito" de caminhoneiro! - "O Relógio é o Senhor do Tempo". Tá certo, eu quase me joguei da cadeira na ocasião, achei bizarrão, mas mantive a compostura. Contudo, no final das contas, ele não estava de todo errado.


O tempo é convenção humana. Acho que ele nem existe; o que existe é a forma de organizá-lo (horas, dias, meses, etc.). Assumindo essas premissas como verdade, vou me contradizer agora, personificando-o. O Tempo é Senhor, sim. É ele quem manda nos nossos compromissos. É por ele que nasce dentro de nós o mais primitivo instinto assassino - o desejo de matá-lo. Também, muitas vezes ele nos nega o lazer, falta conosco. Às vezes, reconheço, é bondoso: serve de desculpa para eventos chatos ou companhias enfadonhas, quando pedimos que ele se esconda, e alegamos a sua falta. Dizem que ele apaga memórias desagradáveis, mas acredito que ele só as esconde. Muitas vezes, o ordinário me acusou de irresponsável por não tomar conta dele apropriadamente, por tê-lo perdido. Os livros que me prometi ler, ainda estão na estante, intactos; eles me compreendem, já o Tempo não. Lidar com ele e com sua teórica falta é uma difícil tarefa que, ironicamente, só vou aprender com ele mesmo!



Hoje acabou o horário de verão, que eu adoro. Saco! Pelo menos, hoje o dia teve 25 horas, teoricamente. Bônus, não? Há um tempo atrás, lá pelos meus 13 anos, conheci um bom amigo, Deivid, que "pseudo-filisofava" comigo. Um dia, teorizamos sobre os benefícios de um dia conter 48 horas. Teríamos mais tempo pra nós mesmos, pra fazer mais coisas, mais prazo com nossas obrigações (isso na teoria; poderia ser pior: "faz isso e me entrega hoje mesmo" diria seu chefe, ao invés de deixar pro dia seguinte. O prazo seria o mesmo, mas quanto à pressão psicológica?). Morreríamos com 30, 40 anos (levando em conta que um ano equivaleria a dois). Logo, a idade da maturidade feminina voltaria a ser os 30 anos, das balzaquianas (menção honrosa ao livro que pretendo ler em breve, "A Mulher de 30 Anos", de Honoré de Balzac).

O Tempo passa tão rápido, que daqui a uma semana (menos: seis dias! Passou na minha frente, esse Tempo!) vou fazer aniversário. Isso me assusta. As férias não passaram, correrram. Daqui a pouco, começa a rotina escolar de novo. E os compromissos, e os estresses. E o vestibular. Posteriormente, faculdade. É melhor parar por aqui: o resto é bom que fique imprevisível, que o Tempo guarde de mim e revele aos poucos seus mistérios.

Falando em previsão (meteorológica? Não!), minha mãe tem um hábito engraçado. Ela brinca de "adivinhar o futuro". Aqui em casa, apelidamos ela de "mãe Diná" (uma senhora que "adivinha" o futuro dos artistas na época do ano novo..) E pior que, em termos, mamãe acerta. Por exemplo: ano passado, disse pra uma amiga nossa "Tu vais achar teu amor no ano que vem..", e essa amiga já estava engatando um quase namoro já no final de janeiro. Bobagens e coincidências à parte, perguntei sobre meu futuro. Me impressionava que, apesar das brincadeiras, ela falava com voz segura, com firmeza no que dizia. Torço, no fundo, que eu consiga mesmo construir o otimimista prognóstico.

Bom, domingo à tarde é dia de viajar. Tenho que arranjar tempo pra dormir. Boa praia pra Dani, que deverá voltar mais escura que carvão. :D
A Autora lembra que o uso de protetor solar é imprescindível. Queimar a pele com o sol, além de causar uma impressão estética horrível, é prejudicial a longo prazo (refiro-me exclusivamente ao câncer de pele). A Autora está louca pra fazer as aulas de dancinha na ginástica na praia, hahaha! Ah, e quem contar quantas vezes a palavra "tempo" foi repetida no post intencionalmente, ganha um doce! :P

15 de fevereiro de 2008

Born to be WILD!

Em plena sexta-feira, estava a Dani voltando do estágio no final da tarde - com aquele solzinho alegrador - pra sua casinha. Eis que ela vê uma menina andando "perigosamente" de bike, destemidamente. Na verdade, a guria andava na boa, mas eu achava ela bem desmiolada, com a bike trepidando, sem capacete e tal. Não que eu usasse, mas é prudente usar!



Lembrou-me de quando eu fazia isso, na minha infância. Minha avó tem um sítio próximo de Porto Alegre. Lá tem bastante espaço e mato. Lá que eu descia rampas de bicicleta, bem faceirinha. A menininha lembrou-me da vez que "quebrei a cara", quando descia uma rapinha e entrou-me poeira de areia nos olhos. Perdi o controle da condução. Conclusão: chorei, machuquei-me - até sangrou! - e nasceu a "cicatriz de Harry Potter" que tenho, até hoje (que não é muito perceptível) na testa!

O que eu realmente pensei foi se a guria sabia que podia cair e se quebrar toda. Será que sabia das conseqüências dos seus atos? Isso é bem comum da juventude: não pensar no que pode vir depois. Pode ser por desconhecimento ou pela despreocupação por o que pode ocorrer. Eu já fui muito inconseqüente - e claro, ainda sou.. mas bem menos! - quando não queria, temia ou não tinha tempo pra pensar melhor a respeito de algo.

Ainda mais quando envolvia paixão no meio. A Razão saía correndo janela afora e suicidava-se. Até hoje me lembro, quando num impulso de "ou vai, ou racha", queria declarar-me para um menino na 7ª série, hahaha! Foi engraçado, foi deveras audacioso. Mas foi, acima de tudo, capaz de me expor. Me expôs ao ridículo, porque o babaca me dispensou. E foi melhor assim, ele era bobo :P. Meu ato ridículo, mas ainda corajoso! A pequena Dani não pensou direito. Se arriscou demais num solo que ela JURAVA ser firme. E era, até que amoleceu (sem interpretações dúbias, seus pervertidos!), e eu me atirei com tudo, pra reafirmar-lo. Não deu outra: morri na lama.


Hoje eu tenho medo dos riscos. Eu me considero medrosa, por ser cautelosa demais. Antes de fazer algo que não seja espontâneo, de supetão, eu penso no que pode acarretar, se pode causar uma impressão errada. Todos já pensaram num "e vai que queima meu filme?", né... Ano passado, eu tive colegas que me enchiam o saco, me tiravam pra "nerd". Eu ficava fria, na minha, ignorava. Mas no fundo, aquilo irritava. Um dia, fui provocada, e simplesmente saiu um revoltado "Que a Danielle, o quê! A Danielle, um caramba pra ti!". E o fulaninho, pego de surpresa, sentiu-se intimidado e ficou bem na dele. O que foi aquilo? Aquilo foi o vômito dos intragáveis sapos que eu vinha engolindo. Por que eu não havia o feito antes? O que me travava? O medo. De descontrolar-se, de bater, de apanhar (bah, guria violenta :P), de chorar de raiva, de sabe-se lá. Das conseqüências.

Será que tomar conhecimento do que pode-se perder nos torna maduros ou medrosos? (relembrando o post sobre maturidade do Eduardo) Será que ignorar o pessimismo - e o senso realista - nos faz estúpidos, porém destemidos? Alguém há de dizer "procure o equilíbrio". Um psiquiatra diria isso. E o diabo do equilíbrio, como a gente sabe o seu paradeiro? Pior quando dizem "Descubra..." com um tom misterioso e pseudo-sábio. Eu sei que cada um deve descobrir por si mesmo, mas, francamente! Porque não nos dão uma pista? Irrita, sabe?

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Tem uma personagem do seriado House (a da foto) que, pela dúvida de portar uma doença genética, ela arrisca-se constantemente: a dúvida dá forças a ela para fazer o que quiser, a não ter nada a perder; afinal, ela poderia morrer da doença mesmo, não pulando de bungee jump. No mesmo seriado, um paciente que recebeu erroneamente o diagnóstico de câncer em fase terminal resolveu "viver": vendeu sua casa, fez festas, contas que não seriam pagas, etc. Quando ele descubriu que viveria bastante, ficou irritado e quis processar seu médico. Porque o médico privou-lhe o direito de "viver" sem medo de morrer.
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Falando em medo de morrer, tem coisa mais emocionante que jogar tri viciadinho um jogo do tipo Counter Strike, correr o risco de vida, ser baleado e renascer ao simplesmente fechar o programa? Eu jogava um joguinho semelhante, que eu me desesperava - de verdade mesmo! - quando um cara vinha querendo me assassinar...

Hoje, me dá calafrio na barriga só de pensar nas "mini-montanhas" que desbravava abaixo. Não tenho coragem, e fico me acusando de covarde, dentro de mim. Mas quando eu era pequena, eu nem pensava na possibilidade de quebrar a espinha e ficar paraplégica, ou quebrar a perna ou o braço. O medo nasce da memória: de já ter visto alguém que tenha passado por isso. Vontade tenho de arriscar-me mais, em tudo na vida - seja no brinquedo do parquinho que dá loops, seja em relacionamentos emocionais, seja em viajar, seja em depositar confiança em alguém, seja em demonstrar afeto, que seja...-, de não ter medo de quebrar-me. O medo da dor. Pra não ter medo de cair da bicicleta, você tem que saber que o plano por que as rodas passam seja firme. Aí que surge a confiança na certeza do sucesso.

[constaria aqui o vídeo que a Autora, após inúmeras tentativas, NÃO CONSEGUIU pôr ¬¬ então, vai o link mesmo.]

A Autora acha que essa música, "Born to be Wild", retrata bem a postura de um motoqueiro destemido, com seus cabelos correndo na brisa. Além de ser música-tema de uma propaganda de cigarros antigona, acho que da marca Hollywood. Sente só a maldade dos tiozões :P e a enjoativa bandeirola estadunidense. Bobagens à parte, a Autora quer manifestar seu apoio e carinho à amiga Carol. Pode contar comigo, viu?

Mensagem


Na esquina da Rua Dr. Timóteo com a há uma mercearia muito peculiar. Sempre que passo pela frente, como ocorreu hoje, um quadrinho suspenso por um tripé ostenta alguma frase "espirituosa". Para ilustrar melhor a filosofia do armazém, até mesmo o banco que fica na calçada tem uma mensagem divertida: "deposite aqui sua alegria". Hoje a mensagem no quadro era:

"Quanto mais carregamos um problema, mais ele pesará."


Obs: Apesar da imagem, o Autor é contra a pescaria esportiva. Principalmente depois da vez em que um anzol prendeu em sua orelha...

14 de fevereiro de 2008

Para finalizar - Nerd 3.0 - o confronto final

Há muitos 'sub-grupos' de nerds. Dentre eles, pode-se destacar:


De um modo geral, todo o nerd é fissurado por cultura pop.



Quem disse que um nerd não pode ser feliz? hahahahaha....

13 de fevereiro de 2008

Estranhas Convenções Sociais - Parte I

Há algum tempo, vinha elaborando um post com o objetivo de agrupar hábitos que nossa educação e nossa cultura ensinaram a serem - inquestionavelmente - seguidos. Falo da cartilha dos bons modos, da etiqueta. Não sou totalmente contra esses hábitos de polidez, acho imprescindível a boa educação e os bons modos para uma harmoniosa sociedade e saudáveis relações interpessoais. Mas há exageros dispensáveis (talheres aqui, convites de casamento ali, etc). Há também hábitos que não são tão exagerados, mas dispensáveis. Ou no mínimo, sem nexo.
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O hábito de hoje (inspirada na conversa com o Eduardo e a Carolina sobre despedidas) é o beijo facial. A cultura brasileira é bem calorosa e permite contatos corporais proibidos por outras. É um costume que na internet virou moda, e em cartõezinhos também. "Meninhas bonitinhas" mandam beijos virtuais até pro Zé Ruela do orkut que elas, ao vivo, nem olhariam. Não só elas, mas uma monstruosa população virtual manda beijos pra quem nunca beijaria, de fato. Ou pra quem nem conhece. Conhecidas minhas, que sequer olhariam pra minha cara, mandam-me "beijos" ao final de suas mensagens escritas. Ora, que falta de auto-respeito! Falta de amor a sua própria boca! Afinal de contas, por que essa falsidade, esse carinho estúpido e vazio? A quem queremos enganar? Será que a necessidade de carinho da sociedade contemporânea é tão desesperadora a esse ponto? Quais poderiam ser as causas? A dependência das máquinas e conseqüente falta de calor humano, a individualização de cada um, ou a social hipocrisia? Tudo aponta para o bendito costume, já enraizado aqui.

Pior que esse exemplo, é ver vários parentes seus cobrando beijos do caçula da família. "Rafa, dá um beijinho aqui, vai!", é o que eu ouvia, uma ordem a minha pequena priminha. Tá certo, ela é pequena e encantadora. Mas recusava-me a pedir seus beijos. Além do meu orgulho, qualquer carícia obrigada não tem valor sentimental. Fora o constrangimento ao qual submeteria a pequena. Sim, se ela se aventurasse a negar o afeto, o que era uma constante, vinham as ameaças: "Quem foi que te deu a bonequinha?" ou "Não vai dar um beijo pra tua/teu [vínculo familiar: tia, primo, tio, etc.], que tanto te dá?!".Pequena era, pra saber da importância que damos ao costuminho bobo. Pois eu não compactuaria com essa sujeira, deixava-na em paz. Não é que, por gratidão ou por simpatia, a mim ela sempre corria a dar beijos de despedida? Não é que, notavelmente, ela me adorava mais que aos outros? Seja pelo exemplo feminino que eu dava("a garota grande que eu quero ser", devia pensar) ou por outro fator, verdade é que causava até uma ponta de inveja aos que agradavam-na demais, e não recebiam em troca a natural e sincera demonstração de amor da criança.

Todavia, a coisa MAIS DESAGRADÁVEL é algum fulano te puxar pra um beijo no rosto indesejável, e você, pega de surpresa, não saber esquivar-se (o que é normal). O sentimento provocado é de ASCO indescritível. URGH! Ainda mais se você nem conhece direito o cara, e já sente aquele olhar "de quem está escolhendo no açougue a carne que vai assar no próximo churrasco", literalmente. (Abaixo, a expressão que a Autora faz, dentro de si, quando isso acontece. O modelo exemplar é o seu irmão. Sim, a expressão facial é feia e horrorosa, até de pânico, mas não podia ser mais fiel à sensação.)

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Além da minha timidez natural, eu considero o beijo, mesmo o facial, um contato físico cunhado de certa intimidade. Não é raro que vejam eu escrevendo 'meus cumprimentos', 'abraços' (equivalentes ao aperto de mão) ou um gélido e talvez constrangedor - a quem espera um afago e se vê frustrado - 'tchau'. Eu até os evito! Não que meus 'Tchaus' tenham essa intenção anti-social, na maior parte das vezes, são sorridos e simpáticos.

Para minhas amigas, colegas, apesar de não ter a iniciativa (seja por vergonha ou por baixo grau íntimo), não nego o carinho, por saber que cada um tem seu jeito de expressar sua afeição. Aos rapazes, ainda mais no ambiente de academia, descobri que não é bom "dar corda", pois suas intenções geralmente não são muito amistosas (mas como eu não sou hipócrita, nem freira, se eu tiver um certo interesse, né... Que vem a calhar, ô, se vem! :P hahaha!). Aos meus AMIGOS, rapazes/homens que nutro saudável afeto, eu acho aceitável e agradável a troca da carícia. Se bem que a eles, eu prefiro os "cumprimentos do gueto" (bate aqui, brother! :P). Quem não se lembra do cumprimento bizarro do Will Smith, no seriado "Um Maluco no Pedaço"? :D



A Autora sabe que falando assim, dá a impressão que é fria e quer afugentar todos a sua volta (hahaha, não é isso! :P). Bem pelo contrário, quem a conhece sabe o quanto é carinhosa e receptiva. Contudo, ela considera o RESPEITO a base de qualquer relação entre pessoas, sendo ele fundamental com a intimidade alheia para a construção da CONFIANÇA num relacionamento.

Sunset city: where dreams fade away

Ao sair do serviço hoje a noite, a luminosidade que pintava as árvores do largo dos açorianos era das mais melancólicas. Enquanto meu ônibus não vinha (o maldito C2), crescia em mim o abatimento dos que lutam em vão. As nuvens coloridas no céu, exibindo os tons quentes que o pôr do sol lhes nutria, destoavam do verde abandonado dos gramados do largo. Prédios cinzentos banhados por nesgas de luz amarelada terminavam por compor o fim do dia.

Esse sentimento que despertava tristeza tão grande tinha motivo. Ao lutar para não me atirar na frente de algum ônibus (menos o C2, não daria a ele esse gostinho) tentava entender porque tal ambiente destruía meu ânimo. O dia que se despedia tinha sido bonito: céu nublado em gelo, temperatura agradável e garoa-bônus para me fazer feliz. Irônicamente as poças d'água resultantes do que outrora tinha me massageado a alma, agora reforçavam o quadro desolado ao meu redor.


Matutando na parada, lembrei que aquela luminosidade fraca revivia em mim tardes tediosas passadas na infância. O sentimento melancólico advinha daqueles entardeceres modorrentos, muitos deles dominicais, que anunciavam: "seu dia foi uma b*$+@ moleque! amanhã começa tuuuudo de novo!" Lógico que hoje eu não preciso pensar da mesma forma. Ninguém precisa ficar preso à idosas memórias, e virar as costas para o presente. Entretanto parece que o passado é o maior obstáculo no caminho para a esperança. Juro que me esforcei para enxergar a beleza nas nuvens carmesins, ou mesmo nos contrastes da luz âmbar com os fúnebres cinzas urbanos... mas acho que preciso amadurecer muito para ver essas paisagens sem óculos escuros.

O título do post seria "Luz", mas o Autor pegou embalo nas tendências de usar nomes pomposos em inglês, e resolveu experimentar... Fica a promessa de achar algo engraçado para postar mais tarde e compensar os leitores por esse texto podre e pseudo-triste... :P


10 de fevereiro de 2008

Feedback

Já há um pequeno espaço de tempo venho colaborando na construção deste blog com meu estimado :P colega Eduardo. E isso tem me trazido bons frutos: no âmbito social/afetivo, a melhora na interação social, na troca de idéias e no conhecimento do pensamento alheio ("Quem você mais ama, pode ser quem você menos conhece. Brothers & Sisters" =D); no campo pessoal, as reflexões e "pseudo-filosofias" que faço comigo mesma, o que tem me tornado uma pessoa melhor; na área profissional/estudantil, o desenvolvimento da minha expressão escrita, e por conseqüência, da oral. Hoje, revendo alguns posts e possíveis comentários (sim, eu vejo se alguém comentou post antigo!), recebi um comentário carinhoso pertinente ao post "Perdidos no Destino".

Não que eu sempre vá fazer isso, mas neste caso, achei interessante dar uma resposta ao Anônimo que comentou, e não só a ele, mas àqueles que porventura tiveram a mesma interpretação. Afinal, não é incomum falarmos com uma intenção e sermos interpretados com outra. E como o post falava da existência ou não do destino, o pensamento de cada um varia, acredito, conforme sua fé e religião a qual é devoto. Sei que política e religião são assuntos delicados, como diz a crença popular, mas com respeito, vamos longe! Desta forma segue, nestes termos, a resposta que dei:
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"Respondo ao anônimo a minha crença no desentendimento do que realmente quis expor do que penso. Concordo com o livre arbítrio que temos nas nossas decisões, a questão é que o que a Autora acredita é que o destino FINAL é imutável, não o CAMINHO. É como se estivesse escrito num livro. Exemplos esclarecedores: se é pra ti conhecer uma pessoa, dia a mais, dia a menos, tu vais conehcer ela; se é pra ti ser professor, se é tua 'missão de vida' passar conhecimentos pra outras pessoas, tu podes fazer bacharelado, mas vais acabar tendo contato com a docência e vais OPTAR, por livre escolha, a ser professor.
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O que eu quis dizer com destino imutável não foi para justificar futuros possíveis fracassos meus (Ex.: meu destino é ser pouca coisa mesmo; meu destino não é ser alguém na vida; o destino do país é ficar nessa droga mesmo; etc). Até poeque eu acredito antes na lógica do que no destino: se você faz por MERECER, você ganha; RARAMENTE, as coisas caem do céu.
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Expus minha opinião baseada nas minhas crenças filosóficas e religiosas(no meu caso, a doutrina espírita, que afirma que encarnamos na Terra com um objetivo, um caminho já traçado); tendo em mente o confronto que poderia ter (como houve) com pessoas de diferentes opiniões, como o Anônimo. Apesar de lamentar seu anonimato - poderíamos enriquecer, repetir essa discussão -, e de ter me surpreendido com a sensação de sutil hostilidade em seu comentário, desculpo-me pelo acaso de não ter sido clara. Apesar da errônea, precipitada e com potencial ofensivo da conclusão sobre a minha pessoa, fico feliz pelo comentário anônimo pelo interesse no debate. :P"
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Não acredito que minhas opiniões sejam imutáveis. Eu costumo dizer que "posso até concordar contigo, contanto que me convenças muito bem, com um ótimo argumento!". Daí a produtividade em ser contestada - por mais que, honestamente, seja chato pra qualquer um. Mas ainda, sim, produtivo. Às vezes, tenho dificuldades em me expressar, também.
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Aliás, falando em opiniões, disse uma vez Rousseau algo do tipo "Posso discordar de tudo que falas, mas defenderei até a morte o direito de expressar-te!". Bom, eu não sei se ele era tão desprendido da vida ou se era galo mesmo a ponto de "pôr o seu na reta" por suas ideologias, porque falar é fácil. Dificilmente, se eu estivesse sob um regime de ditatura militar, vendo um colega querendo manifestar-se, gritaria 'ei, o querido quer falar! ouçam-no, ele é galo!', pra levar pipoco na cabeça. Mas sou totalmente favorável à liberdade de pensamento, e parcialmente, a de expressão (quando a expressividade ultrapassa o limite do respeito). Mas ainda somos livres pra pensar e faltar com respeito a todos em nossas cabeças! lol
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Aproveitando a deixa do Eduardo (post do lula molusco), faço uma breve homenagem comparatória ao seu novo corte de cabelo, que me surpreendeu. :P Alguns personagens com os quais relacionei o novo penteado:

Tá sejamos mais realistas, hehehe:

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Dá-lhe, Terror! (é o seu apelido, não uma indireta :D)
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A Autora assume que pensava em fazer mechas claras (louras ou acobreadas) em seu cabelo. Mas vai que dê algo errado? O Autor terá possibilidade de obter sua revanche... É melhor optar pelo seguro, hahahaha =P