15 de abril de 2008

Lealdade

Muuuito tempo atrás, quando eu morei em Edimburgo, me lembro de ter passado na frente da estátua de um cãozinho, que ficava na bifurcação de uma rua. Na época minha mãe me contou que se tratava de uma homenagem feita ao mascote de um operário, que, mesmo após a morte do dono, continuou quardando seu túmulo diariamente por cerca de 10 anos!!!


Me lembro de ter achado incrível aquela história, e por nunca ter tido contato rotineiro com um canino, não dimensionei bem a história. De qualquer forma, anos depois me deparei com a menção ao famoso cãozinho: Greyfriar´s Bobby. Não fazia idéia da reputação do cãozinho: ele, ao lado de outro canino japonês, são referências em termos de fidelidade canina. Sempre pensei que fosse uma celebridade local, mas existem vários sites pela internet, inclusive filmes foram feitos sobre a tocante história.

Bobby era um Skye Terrier, cujo o dono John Gray, policial noturno, morreu de tuberculose 2 anos após ter adotado Bobby. A paixão pelo dono era tão grande que durante os 14 anos que viveu além da morte de John, Bobby esperava por seu dono junto ao túmulo do próprio. Por regra, um cão sem dono teria de ser sacrificado, mas sua devoção pelo finado comoveu a todos, que passaram a adotar Bobby e sustentá-lo. Após sua morte, o próprio Bobby for enterrado ao lado do cemitério onde John Gray repousa, para que continuasse sua vigília ao dono.


Agora que tenho duas cachorrinhas, consigo dimensionar o que as pessoas devem ter sentido ao ver Bobby todos os dias junto ao túmulo de John. Fico feliz em ter visitado a homenagem feita a ele sou grato aos cães por me mostrarem que a lealdade existe, mesmo que entre espécies diferentes!

Hoje o Autor, emocionado, não fará comentários... snif...

5 comentários:

Danielle disse...

Emocionante é ver um morto-vivo emotivo.

Doce e bela a lealdade canina. Mas, se fosse a esposa do policeman, que tal se ela dedicasse o resto de sua vida ao falecido, tipo uma princesa de fábula?

Uma coisa é ser bonitinho e perfeito nos padrões românticos. Outra coisa, é ser realista e incorrigível (=P). Por mais amor que se tenha, é válido sacrificar o resto da sua própria existência em razão de outra já inexistente?

Aí, a gente volta à discussão da 'laranja auto-sustentável'. O cão tinha o dono como sua 'metade da laranja' fraternal. Achei o post contraditório a tua retórica, mas muito meiga a história ^^

Anônimo disse...

"Muuuito tempo atrás, quando eu morei em Edimburgo"


Ta veio todo mundo sabe q tu faz parte da elite!!!!!
Não precisa fica salientando toda a tua cultura para os 7 ventos!!!!!

acabouonescau disse...

Como sou que nem o computador da minha chefe que estou usando... que nao tem memoria e sim uma vaga lembranca... eu nao lembro da tua historia de morar em Edimburgo...

Olha... eu nao entendo nada de lealdade canina ate pq tenho um certo trauma de infancia e nao posso vre um cachorro que morro de medo... (so nao tenho medo dos cachorros da minha irma e do meu aluno de portugues)..
Mas ainda acredito que exista lealdade entre seres humanos... casos raros, mas existem...

Uma pergunta... que dia eh teu aniversario?? Hoje no bus vindo pra ca eu fiquei muito na duvida se era 14 de abril ou de outro mes... dai eu fiquei com peso na consciencia por ter esquecido qual era o dia... mas nao leva a mal.. como falei no comeco... eu nao tenho memoria... :(

Anônimo disse...

Fala EDU...

Bah tive que entrar aki pra deixar um comentário..pq se não cada vez que tu me ver vai ficar me perguntando..

Legal sua história..até pq adoro animais entao qualquer uma contada sobre eles me interessa.

Hmm ..Edimburgo q xiq..

Então é isso..passei pra marcar presença...e tbm pra vc parar de me perguntar haha..

Bjos..

Anônimo disse...

Muito linda a história, realmente a fidelidade canina é incrível. Os animais são mto mais amigos e fiéis que as pessoas.
Ps: Estou decepcionada com o animal tido como racional.
Bjs...até terça.