10 de abril de 2008

Lascívia Puritana & Alguns Latidos

Há quem diga que assistir a reality shows é inútil. Verdade: é muita putaria e futilidade. Mas, mesmo suspeitando que muitas das brigas de lá sejam armadas, observar uma minisociedade é, no mínimo, interessante. De qualquer forma, se sacudir os glúteos e mostrar o abdômen tanquinho, vale. Que seja.

Hoje, no Mais Você da Globo, a Natália conversou com a Ana Maria Braga e uma sexóloga. Tida como a 'mais saidinha e burrinha' das participantes da edição, a gaúcha mostrou-se super à vontade falando sobre sexualidade, declarando que até sua família estranhou que seu comportamento no BBB foi leve(?!) em relação ao que ela realmente é. Garantiu falar sobre sexo abertamente com os pais. (Fonte: Zero Hora)


Eis que surgem indagações. Será que ela é vadia ou é livre da pressão da sociedade machista? Aliás, quem está certa: a mocinha que segue o "Piriguete's way of life" ou a mais conservadora? O machismo está nas cabeças de nossas mães? Se sim, fomos moldadas a pensar assim e devemos tomar alguma atitude nesse sentido? Ou devemos ficar na defensiva e repassar tais valores as nossas filhas, renovando esse pensamento, num ciclo sem fim?

Ok, ser safadona é legal. Eu sou muito a favor do prazer sexual, desde que haja respeito e satisfação entre as partes envolvidas. Faz bem pra saúde, relaxa, diverte, cria cumplicidade. Mas que não seja com qualquer um. Sou contra a banalização do sexo; afinal, é uma coisa íntima.

Para uma mocinha, escancarar sua atividade sexual como se fosse a sua característica determinante - não como "mulher consciente e de bem com seus prazeres", mas sim como "a cachorrona desengaiolada que tá de sainha e já berrou que tá 'solteirááá' " -, numa sociedade machista na qual vivemos, torna-a exemplo de imoralidade, tal qual a ex-BBB. E não me diga que "o que importa é minha consciência, por fora sou um conceito seu e blablablá", porque sabe-se muito bem que se tu queimares teu filme, tu acabas perdendo respeito e credibilidade, seja no trabalho ou no social mesmo. Sejamos realistas: quem nunca disse um "Fulaninha, viu aquela bagaceira ali?", que atire a primeira pedra. Mas, voltando a Natália: ela tá fazendo/fez isso tudo pra aparecer ou porque tem um fundo de crítica feminista nas suas atitudes? (tá, Dani, não força a barra...)

Ok, estabeleçamos limites. Ser feminista, pelo que entendo, é lutar pela igualdade de gêneros, a fim de tornar a sociedade mais justa, idéia que apóio veementemente. Agora, o que é COMPLETAMENTE diferente é o que vocês verão no vídeo que segue.

[http://www.youtube.com/watch?v=07Eq-yAAm6U]

Não defendo a sensualidade funkeira esculhambada e explícita. Mulher que se autodeclara "CACHORRONA", já define a sua auto-estima e valor que dá a si mesma. Se o que vale na sua vida medíocre é "pegá us macho gostoso", está sendo MACHISTA. Afinal, ela se restringe a um objeto sexual, ser irracional, útil somente para a satisfação de outros "superiores" a si (os "homi gostoso"), e ainda ter orgulho disso! PIOR que isso: "obegeto sékissuau" de qualquer Zé Ruela.


E o que tem a ver comigo, com as "mocinhas de família"? Uma pequena reserva zoológica de "preparadas" é capaz de denegrir a imagem feminina, gerando a idéia de 'mulé boa enjaulada' na cabeça de rapazotes ignorantes; retoma-se a cultura de submissão, inferioridade e preconceito, e JOGA NO LIXO a luta e os direitos HUMANOS conquistados por nós. Isso também retoma o "suposto direito do homem reagir caso a mulher o provoque". (VIOLÊNCIA DOMÉSTICA é FATO, não só no Brasil; e cantar "tapinha não dói" não ajuda na campanha contra tal bárbarie!)
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Voltando ao assunto mais light, sobre a Nat... Francamente, admiro a posição liberal corajosa dela, de não ser reprimida(apesar de ela levar o ônus disso). Afinal, se ela tá a fim e gosta de sexo, tá muito certa em ir atrás do que procura, assim como o homem o faz. Só acho que não era necessário tornar isso TÃO público, 24h por dia. E nota dez para os pais dela: sexo tem que ser discutido em casa, sem tabus. Faz parte da educação, ajuda na cumplicidade entre pais e filhos e conforta os adolescentes.

Como a concepção todos têm sobre sexo é determinada pela formação de seus valores, não há como "saber" o que é certo e o que é errado. Logo, chamar a Nat de vagaba é relativo.
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Mas fica o apelo: antes de rebolar, doçura, pense.
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A Autora fica um tempo sem postar, e quando posta, vem com duplo enfoque. Ela considerava a Natália uma vagaba simpática, mas incapaz de provocar alguma reflexão. Pura arrogância da Autora, que, humilde, reconhece o valor que os reality shows têm em nossas vidas. =P

4 comentários:

冬天。。。 disse...

Mulher Melância? Nhum! eu quero um pedaço, e grande! hahahaha

Falando sério... liberdade sexual feminina e igualdade nas relações homem-mulher não é ser cachorra e sair rebolando, tampouco ficar se fazendo de dificil ou "guardar o tesouro" para os mocinhos de valor. A mulher moderna ainda não atingiu esse equilibrio. Para tanto deverá superar tabus e seus próprio preconceitos internos para ter uma vida sexual justa e nivelada à masculina. Os machos inteligentes serão mais felizes qd este dia chegar.

acabouonescau disse...

Ta online??
Eu nao tenho como abrir o msn mais... (por um certo tempo... isso faz parte dos probleminhas.. hihihi)
Me manda um mail
liabertani@gmail.com

Pois respondendo a tua pergunta, a principio os acontecimentos nao alteram em nada a minnha permanencia aqui... ate pq nessa historia eu fui lesada... eu tou tentando me transferir pra outra menos "falcatrua"... ja fiz ate a prova de nivel e vou ter que esperar mais uma semana pra ver se isso se resolve, senao vou ter que ver outras opcoes... e o advogado de imigracao da nova escola vai entrar em contato comigo pra ver o que pode acontecer ou nao... mas a principio parece que posso ficar tranquila....
Vamos ver, ne... eheeeh

acabouonescau disse...

Eu postei o comentario e nem vi o post... agora que eu vi que era teu Danielle... foi mal... heheh

vou ler o post e comento...

Anônimo disse...

sou mais a mulher samambaia