Doping Mental

Resolvi trazer ao Blog uma questão que faz tempos me ronda a moleira: já ouviram falar em "doping mental"?

Pra quem nunca ouviu falar em TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), existem medicamentos que ajudam indivíduos com dificuldade de concentração a manter o foco em suas atividades, evitando que sua mente se "disperse". Tomemos por exemplo uma das drogas mais utilizadas no tratamento de TDAH: a Ritalina (parece, mas não é nome de chacrete). Sob os efeitos deste remédio, o paciente consegue manter seu foco por mais tempo, e conseqüentemente atingir as metas que o transtorno o impedia.

O dilema todo nasce quando descobrimos que há estudantes usando tal droga para potencializar sua concentração em provas e testes (como o vestibular por exemplo). Como já possuem condições médias de atenção, eles tem suas capacidades potencializadas, dando-lhes uma vantagem sobre os concorrentes não-dopados. Surge a pergunta: isso é justo? é moralmente aceitável?

Se fizermos uma analogia com esportes olímpico de alto-nível podemos ir além e ponderar: se um atleta com alguma deficiência fizer uso de medicamentos não aprovados pelo Comitê de Controle de Doping para poder se igualar aos adversários, mais bem dotados geneticamente, ele estará infringindo as regras, podendo ser punido. Logo, se alguém que apresenta dificuldades de concentração utilizar medicamentos que melhorem sua performance intelectual, estará esse indivíduo "trapaceando"? Fica ai uma perguntinha para pensar...

O Autor, que sofre de TDAH, já testou a Ritalina e confirma: ela deixa o usuário turbinadão...