9 de fevereiro de 2008

Metendo o nariz onde não fui chamado

Para quem não sabe, trabalho na equipe de Recursos Humanos de um órgão estadual. Estamos em uma fase de "mudanças" (literalmente) e semana passada voltamos a partilhar nossa sala com a seção de estágios (responsável pela gerência, pagamento, admissão e todos assuntos relacionados aos estagiários de 2º e 3º que prestam serviços ao nosso órgão).

Embora nem sempre pareça, gosto manter uma postura profissional, e freqüentemente me contenho para não opinar ou intrometer-me em assuntos de outras equipes do meu departamento. Ao contrário da iniciativa privada, pró-atividade e criatividade nem sempre (o que não é o caso dentro da minha equipe) são bem-vindos no setor público.

Pois bem, eis que entre uma rotina e outra escuto a conversa de minha colega, chefe da seção de estágios, com uma menina que aparentemente iria começar seu estágio. De início ela estava destinada às tarefas na equipe de protocolo e arquivo. Tarefas que embora muito importantes para o funcionamento do órgão, não tem muito a ensinar em termos técnicos e são basicamente rotinas que se repetem, compostas por ações bastante "taylorianas" por dizer.

Do alto de minha pressunção e arrongância, me projeto de cabeça no abismo .......... e observo que a novata seria muito melhor aproveitada na equipe de pagamento, onde precisam de 2 estagiários para as vagas deixadas em aberto no final do ano. Prontamente minhas colegas de sala se manifestam, acusando-me de indicar a menina para a sala ao lado meramente pelo fato de ser bonita.

Injúria! reconheço que a menina é bem apessoada, mas nem era o "meu tipo" (além de ter uma aliança de compromisso na mão direita). Minha indicação levou em conta apenas e somente a impressão que tive quanto à personalidade da moça. Levemente tímida, educada e comprometida. Ela se encaixaria muito bem na equipe de pagamento, não pela beleza e sim porque tinha potencial de aprendizagem, tranqüilidade e perfil não questionador. Posso me enganar por completo, mas se errar, não será por omissão.

Enfim, fiquei muito feliz quando soube que meu palpite foi ouvido e aceito. Não por apostarem em mim, mas por talvez ter influído positivamente no destino de alguém. Penso não ter direito algum em intervir, ninguém sabe o futuro e o mundo está cheio de pretensos Nostradamus. Se foi o destino que armou todas as peças, não sei dizer. Mas espero que, se o destino estava se moldando, eu tenha dado alguns empurrãozinhos para que tudo corresse em maior harmonia.

mais em: Pena de Morte

O Autor ainda não formou opinião a respeito do destino.

4 comentários:

Danielle disse...

[O megaman veio do capacete. Não q teu cabelo seja azul, mas é por cuasa do "v", sabe?]

Bah, mas ele vai se justificar de novo! hehehe

"Bem apessoada" ahahahhaah... sente só o senso de observação do rapaz, notou até a aliança :P Mas parem! São só interesses profissionais! E ainda desdenha ("nem era o meu tipo")!hauahua :D

Tá certo, sarrinhos à parte, não entendi essa de "compromissada e de perfil nao questionador"(=ovelhinha?). Então, as solteironas metem-se aonde? E outra, apesar de ostentar o peso do compromisso de um anel, muitas mocinhas e mocinhos não os honram.
Como saber se ela é fiel?(booooh) E há muitos infiéis workaholics. E esse perfil questionador? Ahn? Ahn? AHN?? (bah tri :P)
Acho arriscado moldar um perfil à primeira vista. Até eu, na minha entrevista com a Léo, mostrei o mais polido de mim (não que eu seja uma bagaceira, né!)
Bah, já tá tirando o teu da reta no caso do erro, ahahaa

Da série "palavras que lembram outras": Presunção não te lembra PRESUNTÃO?! *atira-se do abismo*

Sabe aquela história do Universo conspirante? Talvez ele tenha te usado pra dar uma ajeitadinha na trajetória da guria. E se tu tiver paciência, sobre pena de morte, tem um cara que explica p/ uma guria pq ele é a favor da pena de morte. Ele é prolixo, mas é irônico(bah muito engraçado!). Vale a pena! http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=doutrina&artigo=20040805135924&lang=bra Concordei com o cara. Temos q investir na efetividade das prisões e (mesmo que vá contra o q eu acredito) no temor e aplicação da pena de morte. Bah, que radical..

Eduardo, volte a ser o Salvador das formigas! XD

Anônimo disse...

Empurre as aranhas! Empurre as aranhas! Oh, nosso Messias!

Anônimo disse...

Eduardo, sinceramente, acredito que tu deu demasiada importância a uma coisa pequena. Nem eu, nem a Daniele tivemos a intenção de desmerecer a tua opinião, ou qualquer outra coisa do tipo. Apenas achamos graça. E o ocorrido jah faz alguns dias e tu ainda não esqueceu a história. Não foi pior o que tu fez, recusou o chocolatinho que eu te dei de todo coração?

Anônimo disse...

Eeeeeeee! Chocolate! Dá pra nós!! Carolzinha é a nossa nova Salvadora! Chocolate! Tum-tum-tum, chocolate!