27 de fevereiro de 2008

Um Grande Amor!

Quantas vezes aqui eu debochei ou alertei para os perigos da paixão... Pois não é que segunda-feira eu quase sucumbi a este vil sentimento? Quando estava para deitar-me rumo ao mundo dos pesadelos, passei pela sala e minha irmã assistia um programa da Discovery Channel, a respeito da história do "n.º 1".

Aliás, recomendo a todos, assistam este programa, é sensacional, mesmo para quem não gosta de matemática. Pois bem, no decorrer do show o apresentador chegou a um conhecido matemático alemão, do qual conhecia apenas como filósofo.


Gottfried Wilhelm von Leibniz

Ou resumidamente: Leibniz, esse é o nome da fera! O sujeito foi um desses "super-homens" renascentistas fora de época. Filósofo, matemático, físico, diplomata e inventor. O foco do programa estava no seu lado numérico, pois ele criou a base de todo o mundo da informática que temos hoje: a linguagem binária. Genial! como se não bastasse todos seus feitos, ele criou uma espécie de calculadora automática para eliminar o erro humano em cálculos. Obviamente limitado pelos recursos da época, sua máquina fazia nossos computadores mais retrógados da década de 70 parecerem palmtops. Ainda assim, foi um homem 300 anos a frente de seu tempo.

Como se não bastasse essa geniosidade toda, fui pesquisar algumas idéias do Leibniz filósofo. E não é que o cara me fez enxergar o que é "destino"? sério, me apaixonei! hahaha mesmo sem ser meu tipo, foi amor à primeira vista! Vejam só sintetizou exatamente a minha idéia de controle, impulsos e sentimentos:
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Liberdade x Determinação:
Leibniz admitia uma série de causas eficientes a determinar o agir humano dentro da cadeia causal do mundo natural. Essa série de causas eficientes dizem respeito ao corpo e seus atos. Contudo, paralela a essa série de causas eficientes, há uma segunda série, a das causas finais. As causas finais poderiam ser consideradas como uma infinidade de pequenas inclinações e disposições da alma, presentes e passadas, que conduzem o agir presente. Há, como em Nietzsche, uma infinidade imensurável de motivos para explicar um desejo singular. Nesse sentido, todas as escolhas feitas tornam-se determinantes da ação. Cai por terra a noção de arbitraridade ou de ação isolada do contexto. Parece também cair por terra a noção de ação livre, mas não é o que ocorre. Leibniz acredita na ação livre, se ela for ao mesmo tempo 'contingente, espontânea e refletida'.

A Contingência: A contingência opõe-se à noção de necessidade, não à de determinação. A ação é sempre contingente, porque seu oposto é sempre possível.

A Espontaneidade: A ação é espontânea, quando o princípio de determinação está no agente, não no exterior deste. Toda ação é espontânea e tudo o que o indivíduo faz depende, em última instância, dele próprio.

A Reflexão: Qualquer animal pode agir de forma contingente e espontânea. O que diferencia o animal humano dos demais é a capacidade de reflexão que, quando operada, caracteriza uma ação como livre. Os homens têm a capacidade de pensar a ação e saber por que agem.

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Resumindo: Destino existe SIM. No entanto não somos limitados a seguí-lo contanto que tenhamos ciência do que estamos fazendo e porque o fazemos. Por isso valorizo tanto a frieza, tranqüilidade e controle dos impulsos. Isso nos difere dos demais animais e nos permite alterar o destino.

O Autor é chegado em amores "platônicos", sem subestimar a importância dos prazeres da carne, mas o amor é sempre mais profundo e bonito do que a paixão ilógica, desprovida de confiança e calcada no "tesão". Obs: cabelos "empolados" e papadas pálidas como as de Leibniz não fazem seu estilo.


3 comentários:

Anônimo disse...

¬¬

Danielle disse...

Bah, o Eduardo se revelando :P
Que idéias, o quê! Tu curtiu mesmo foi essa peruca black power renascentista super sexy! Bah, e esse olhar todo voluptuoso, esse narigão bem delineado, essa tez alva.. Tô passando mal.. :D

Eu concordo na preferência pelo amor à paixão. Só que a paixão também tem o seu valor: ela funciona como uma ilusão do amor; ela encanta, é aguda, e dura pouco. E na falta do amor, ela tenta suprir a carência afetiva, "tapa o buraco". É só um remédio. Amor platônico é uma delícia, eu tenho e tive uns quantos e ninguém tem ciúme de ninguém :P e nenhum deles sabe (eu acho..); não tem compromisso, não tem chateação, só fica no ingênuo sonho da perfeição. É uma válvula de escape da realidade, pra mim.

O autor é chegado em bilhetinhos, isso sim! :P

Anônimo disse...

Os amores platônicos são realmente fofos e lindinhos, também jah tive alguns. O problema é qdo deixamos de viver a realidade para nos refugiarmos numa fantasia, que por ser uma fantasia é do jeito que a gente quer, ou seja, sem desilusões, sem sofrimentos, mas também sem emoções reais.
Devemos saber a hora de sair dos contos de fada que fazemos em nossas cabeças e vir pro mundo real, que apesar de ter problemas de verdade, pode ser bem melhor que um mero faz-de-conta.

Vamos sentir saudades...